Cenário atual não traz tranquilidade em relação ao que está por vir, mas dá para enfrentá-lo sem surtar

No dia 2 de março, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um estudo científico com a atualização dos dados de ansiedade pós-Covid-19. Segundo o levantamento, só no primeiro ano da pandemia, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%.

As pessoas estão realmente preocupadas. Alguns psicólogos definem a ansiedade como um estado no qual prevalece a incerteza e a angústia, acompanhado do sentimento de medo e insegurança. Porém, existe um consenso entre a população de que a ansiedade é o excesso de preocupação com o futuro.

Ao analisar os cenários econômico e financeiro, podemos constatar que os dados divulgados nos últimos tempos não ajudam em nada a amenizar o sentimento de apreensão com relação ao que está por vir. Informações sobre os índices de desemprego, aumento da inflação, oscilação do dólar, frequente queda da bolsa e até a guerra entre Rússia e Ucrânia – nada disso, obviamente, traz tranquilidade.

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Durante a crise sanitária, a OMS divulgou dicas de como lidar com a ansiedade.
Com base nelas, fiz algumas adaptações para nos ajudar a lidar com a ansiedade financeira:

Controle seu acesso a informações sobre o mercado financeiro. Não sofra todos os dias;
Use as redes sociais, mas não compare sua vida com a de ninguém;
Seja solidário: ajudar as pessoas produz hormônios de prazer e felicidade que regulam a ansiedade;
Faça exercícios físicos. Não existe atividade física ideal – todas elas regulam os neurotransmissores ao produzir hormônios. O ideal é fazer algo que você goste;
Tenha uma planilha de gerenciamento financeiro. A sensação de insegurança só aumenta quando você não tem clareza de quanto ganha, quanto gasta e por quanto tempo vai durar sua reserva.
Portanto, apesar de a ansiedade ser o mal do século e estarmos passando por momentos financeiros difíceis, essas dicas podem ajudá-la a lidar com o cenário atual de forma mais leve para que, em breve, possamos juntas comemorar a retomada e o reequilíbrio do mercado financeiro.

Marina Farias é educadora financeira, com pós-graduação em neurociência e comportamento

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