O planejamento financeiro é algo essencial para qualquer pessoa, pois proporciona segurança, ajuda a controlar dívidas, permite alcançar objetivos, além de preparar para o momento da aposentadoria. 

Basicamente, ele reduz o estresse e a ansiedade relacionados ao dinheiro, uma vez que seu papel é garantir que as finanças estejam sob controle e que haja uma base para o futuro. 

E para mulheres solteiras, o planejamento financeiro se torna ainda mais indispensável. 

Afinal, elas possuem a responsabilidade exclusiva de lidar com todas as despesas, além de não contarem com a renda adicional de um parceiro para amortecer imprevistos. 

Para discutir os desafios que essas mulheres enfrentam em sua jornada, conversamos com a educadora financeira Carolina Fernandes, a Carol Invest. 

Carol é especialista em Cripto Economia e criadora de conteúdos sobre este mercado, além de ser fundadora da Protagonize Lab, uma comunidade educacional voltada ao público feminino. 

Saiba agora como se organizar no dia a dia para garantir que a autonomia da vida solteira seja aliada para tomar as melhores decisões para alcançar objetivos pessoais e profissionais. 

Mulheres solteiras: por que um planejamento financeiro é importante?

Quando comparamos o controle de um orçamento individual ao de uma família, pode parecer que a jornada seja mais simples. Contudo, não é bem assim. 

As mulheres solteiras enfrentam desafios específicos que revelam uma realidade muito mais complexa que a percebida à primeira vista. 

“Elas são as únicas tomadoras de decisão em suas finanças, o que significa lidar sozinhas com todas as despesas, desde contas do dia a dia, até emergências e planejamento de longo prazo, como aposentadoria”, aponta a educadora financeira, Carol Invest. 

Ela explica que sem a vantagem de uma segunda renda, vinda de um parceiro, por exemplo, estas mulheres precisam de um controle mais cauteloso e uma reserva de emergência robusta para cobrir todos os cenários possíveis.

É por isso que para esse público, acompanhar as finanças de perto e ajustar estratégias sempre que necessário é fundamental para garantir estabilidade.

“Um bom planejamento permite que elas estejam preparadas para qualquer situação, seja uma emergência médica ou uma oportunidade de investimento imperdível, garantindo tranquilidade e independência financeira”, ressalta.

O desafio da autonomia financeira

Se de um lado a autonomia pode ajudar a tomada de decisão sem a necessidade de um consenso, por outro, essa responsabilidade exclusiva pode gerar estresse e muita ansiedade.

Carol lembra o caso de uma cliente, uma desenvolvedora de software que aprendeu a investir em Fundos de Índice e Criptomoedas por ter controle completo sobre suas decisões de investimento.

No entanto, a especialista reforça que “ter autonomia não significa que seja mais fácil”.

A verdade é que para a construção da independência financeira não existe uma fórmula pronta e única, mas sim, um conjunto de práticas que ajudam a trilhar o caminho. 

E entre elas, Carol destaca algumas atitudes fundamentais como o entendimento da atual situação, a elaboração de um orçamento detalhado, a definição de metas, a criação de um fundo de emergência e a diversificação de investimentos. 

Como se organizar financeiramente sozinha: o começo

Como primeiro passo, Carol recomenda às mulheres solteiras iniciar com um orçamento detalhado. Nesse quesito, ela recomenda utilizar ferramentas como os aplicativos Mint ou YNAB, ambos gerenciadores de finanças pessoais. 

O segundo, de acordo com a especialista, é planejar e dividir o dinheiro conforme os objetivos. “Defina metas claras, como fundo de emergência, aposentadoria e grandes compras”, aponta. 

Na sequência, vem o investimento em educação financeira como cursos online e workshops, o que pode ser muito útil para a sustentação e atualização das estratégias. 

Nesse aspecto, ela lembra que “as mulheres podem consumir conteúdos gratuitos na internet focados nas necessidades delas”. 

E para completar, a especialista pondera que nem sempre a jornada deve ser solitária. “Ter um mentor que pode oferecer orientações personalizadas faz muita diferença”, comenta.

Melhores estratégias 

Quando se trata de melhorar o gerenciamento financeiro, Carol sugere a automatização. “Configure transferências automáticas para uma conta de investimento logo após receber seu salário. Isso te protege de você mesma”, argumenta.

Em termos de estratégias de investimento, a educadora recomenda a compreensão do perfil investidor como uma premissa básica para a identificação do apetite ao risco, o que irá direcionar a montagem de uma carteira aderente. 

Em paralelo, ela ressalta a importância da diversificação. “Não se limite a ações e Fundos Imobiliários. As Criptomoedas podem ser uma alternativa com alto potencial de crescimento. Mas, sempre invista em uma quantia que não fará falta em seu orçamento”, pondera.

Como superar medos e ganhar confiança

Para superar o medo ou a ansiedade, tão comuns a quem tem a responsabilidade do futuro financeiro exclusiva sobre si, Carol destaca a importância da educação financeira. “Quanto mais você sabe, mais controle você sente que tem”. 

Ela também recomenda que as mulheres solteiras se juntem a grupos de investimento femininos. “É sempre muito enriquecedor não só quanto a conhecimentos em finanças, mas também porque se torna um ambiente seguro e acolhedor para aquela mulher que, muitas das vezes, não tem uma rede de apoio”, avalia.

Além disso, para fortalecer a confiança em si mesma, Carol recomenda começar com pouco e, gradualmente, aumentar os investimentos como uma boa estratégia. “Uma das minhas clientes superou seu medo de investir em cripto ao começar com pequenas quantias”, conta.

E por fim, para lidar com eventuais sentimentos de ansiedade, a especialista destaca práticas como meditação e mindfulness. 

Recursos e ferramentas para acompanhar investimentos

A educadora aponta que existem muitos recursos gratuitos na internet para mulheres que desejam se educar sobre planejamento financeiro. 

Entre eles, ela destaca o Protagonize Lab, um hub focado em finanças, cripto ativos, novas tecnologias e saúde mental, o qual Carol é uma das fundadoras. 

Além desta comunidade, ela também aponta como suporte algumas ferramentas para monitorar investimentos como o Personal Capital ou Investing.com. Já para quem tem criptomoedas, ela recomenda o Coinmarketcap para analisar projetos e portfólio. 

Evitando erros 

Carol alerta que um erro comum que as mulheres solteiras cometem ao planejar suas finanças é não investir devido ao medo do risco. 

Para lidar com ele, a educadora aponta alguns caminhos. “Eduque-se sobre diferentes tipos de investimentos e comece pequeno. Além disso, mantenha uma reserva de emergência para o caso de um imprevisto”, recomenda. 

Um outro erro, de acordo com ela, é não ter seguro adequado, como seguro de vida e saúde. “Ambos são cruciais quando se é a única responsável por sua segurança financeira”, complementa.

Independência financeira: liberdade para as mulheres solteiras

Para finalizar, Carol reforça que embora o caminho para a organização financeira apresente desafios únicos, a independência financeira traz poder e liberdade às mulheres solteiras. 

“Encorajo a todas a abraçarem a jornada financeira como uma forma de autoempoderamento. Curtam o processo e lembrem-se de que não estão sozinhas; há uma vasta comunidade de suporte pronta para ajudar cada uma a alcançar seus sonhos financeiros”, completa. 

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