Cuidar de si não exige necessariamente um investimento financeiro, mas exige sim que a gente saiba o que nos faz bem e o que nos faz mal 

Cuidar de si é uma das ações que mais pode beneficiar seu corpo e sua mente. O famoso autocuidado é uma ferramenta poderosa no controle da ansiedade e, consequentemente, para a obesidade também. 

Porém, começar a se cuidar pode não ser tão simples quanto parece. Por isso, o recomendado pelos especialistas é começar aos poucos, para que não desanime ou desista de si mesma. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que o Brasil é o país que lidera o ranking de ansiedade e depressão na América Latina, com quase 19 milhões de pessoas com essas condições.

O que é autocuidado?

”O autocuidado é uma tarefa que deve conciliar o cuidar fisiológico e o cuidar mental. É cuidar do corpo, da mente, da rotina, das relações, dos desejos”, explica o psicanalista Igor Capelatto. “Como psicanalista oriento sempre olhar o todo, pois, às vezes, uma dor de cabeça pode estar relacionada a um sintoma emocional, uma relação dentro da escola ou do trabalho. A psicanálise observa muito cada sintoma, cada causa, mas também observa as suas conexões, o macro, ou o que chamamos de somático”, diz.

“Ao contrário do que muitos pensam, autocuidado não é uma rotina de cuidados com a pele, ou fazer as unhas semanalmente. Cuidar de si é programar exercícios físicos que te deem prazer, que não necessariamente tenham um investimento financeiro”, explica a profissional de educação física Lidiane Cantella. 

Uma caminhada, uma volta de bicicleta, um jogo de vôlei ou ainda de beach tennis com amigos, pode ser mais benéfico do que cuidar dos cabelos”, alerta. A indústria fez parecer que o autocuidado exige um investimento financeiro e parte da população não pode ter acesso a ele. Mas não. “Cuidar de si pode ser ter um tempo de qualidade com os filhos, por exemplo”, explica Cantella.

Por onde começar?

“É importante ressaltar o que alguns autores terapeutas e psicanalistas como Keleman, Dolto e Winnicott, trazem de aprendizado: nós, seres humanos, somos regidos por uma relação direta e inseparável do corpo, mente e ambiente. Assim, para se ter uma rotina de autocuidado, primeiro é preciso estabelecer o que faz bem ou não a si mesmo, em termos de alimentação, postura, horários, atividades, relações, desejos. Depois se propor uma organização de como fazer suas atividades”, ensina Capelatto.

Três fatores são importantes:

1.        A autoestima tem que estar bem: acreditar e respeitar a si mesmo (permitir-se estar bem consigo mesmo e lembrar que cuidar de si mesmo é para si, e não para o(s) outro(s);

2.        A rotina deve se tornar algo natural, diante do desejo de fazer algo ou de se sentir bem, e, portanto, não deve ser algo obrigatório (por isso muita gente não segue as orientações de médicos, pois fazem em nome do outro e como algo obrigatório);

3.        Não basta propor fazer, deve-se escolher onde fazer, o ambiente é o lugar seguro para realizarmos nosso bem-estar.

“Quando a autoestima está bem, conseguimos nos desejar e desejar, portanto, cuidar de nós mesmos. Auto cuidar é também saber quando procurar ajuda e desejar procurar ajuda, seja de um nutricionista, de um oftalmologista, de um otorrino, de um fisioterapeuta, ou de um profissional da saúde mental (psicólogo ou psicanalista). Autocuidar é, acima de tudo, se amar”, diz Capelatto.

Alimentação é primordial

Cuidar da alimentação é um dos fatores que mais influenciam no bem-estar. Além de comer bem, comer certo muitas vezes é um desafio, especialmente em um mundo com tempo escasso. Uma orientação nutricional pode ser um primeiro passo importante de autocuidado.

Existe um seguro de vida que oferece acesso à nutricionista de forma gratuita. Nele, é possível ter plano personalizado de alimentação. Através do seguro de vida, você tem acesso à assistência nutricional, que poderá ser feito por chamada de vídeo ou telefone. Através dessa teleconsulta, você receberá esclarecimentos personalizados, levando em consideração estilo de vida, práticas esportivas, problemas de saúde, objetivos pessoais, sexo e idade.

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Meditação também pode ser caminho

Além do cuidado com o corpo, a mente também precisa de atenção. Práticas como meditação, ioga, relaxamento, podem ajudar a controlar ansiedade e depressão. Hoje há diversos aplicativos disponíveis que podem auxiliar a acalmar uma mente ansiosa. Muitos deles são gratuitos.

“É importante ressaltar o que alguns autores terapeutas e psicanalistas como Keleman, Dolto e Winnicott, trazem de aprendizado: nós, seres humanos, somos regidos por uma relação direta e inseparável do corpo, mente e ambiente. Assim, para se ter uma rotina de autocuidado, primeiro é preciso estabelecer o que faz bem ou não a si mesmo, em termos de alimentação, postura, horários, atividades, relações, desejos. Depois se propor numa organização de como fazer suas atividades. Autocuidar é, acima de tudo, se amar”, diz Capelatto.