Juliana Ferraz: Nordestina, mãe, executiva e uma mulher livre

Em coluna de estreia, jornalista fala sobre carreira, empreendedorismo e desafios da vida
Juliana Ferraz: Nordestina, mãe, executiva e uma mulher livre
Juliana Ferraz: Nordestina, mãe, executiva e uma mulher livre
Sou gorda, luto contra a ansiedade, tenho compulsão alimentar, distorção de imagem e saí de um um burnout pesadíssimo faz pouco mais de 3 anos

Eu sou Juliana Ferraz: mulher, mãe, filha, executiva, esposa, baiana de coração e paulistana por adoção. Sou formada em jornalismo e comecei minha trajetória profissional ainda em Salvador, muito nova e muito cedo.

Meu primeiro trabalho foi como assessora de imprensa. Essa foi a minha primeira grande iniciativa empresarial, pois logo de cara já quis ser dona do meu próprio nariz e abrir a minha própria assessoria e, foi assim, até que resolvi migrar para São Paulo, onde trabalhei em algumas empresas de comunicação, criando produtos editoriais exclusivos, projetos especiais de cross media e produção de eventos.

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Atualmente sou diretora comercial, responsável por novos negócios e relações públicas da Holding Clube — maior grupo de marketing e experiências entre marcas e consumidores do Brasil —, da qual também virei sócia no fim de 2020. Girl Power!

O último ano, a gente sabe, não foi um ano fácil para ninguém, nem mesmo para as mulheres empreendedoras. Especialmente no meu segmento, que grande parte da renda é advinda de eventos, com a vida ao vivo e com pé na rua.

Nos reinventamos e investimos em novas tecnologias, novos formatos e possibilidades, integrando e avançando ainda mais profundamente na tendência, que já vinha antes da pandemia, o phygital. Um conjunto de estratégias omnichannel, que une o físico com o digital.

Esse eterno reinventar-se é uma das minhas principais características e uma das coisas que considero o meu ponto forte. Eu acho, na verdade, que tudo que está dentro da gente é o nosso ponto forte. Ser quem somos é o nosso trunfo, nosso coringa, nossa arma secreta.

Sou gorda, luto contra a ansiedade, tenho compulsão alimentar, distorção de imagem e saí de um um burnout pesadíssimo faz pouco mais de 3 anos. E, para quem não está familiarizado com o tema, eu explico.

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Ela é o resultado direto do acúmulo excessivo de estresse, de tensão emocional e de trabalho, e é bastante comum em profissionais que trabalham sob pressão constante.

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Me afastei do trabalho na época, troquei de emprego em seguida, mudei de vida, passei a contar com uma equipe médica para me auxiliar a cicatrizar essa ferida, e segui em frente… como a gente sempre dá um jeito de fazer!

Mas, apesar disso ser parte de quem eu sou, das minhas vivências e da minha história, tudo dito aqui em cima não me define. Pois eu, como a grande maioria das mulheres que conheço, não sou uma coisa só, somos muitas e somos todas.

Você pode até me perguntar “o que você é, Ju?”. Sou feliz, realizada pessoalmente e profissionalmente, gosto de gente, de me relacionar, de olhar no olho, de falar e de ouvir. 

Mais do que uma executiva, com anos de experiência nas mais diversas plataformas, gosto de ser e de me apresentar como uma mulher real que não tem medo de ser quem sou, de me jogar de cabeça em novos projetos e novas ideias ou de expor minhas fortalezas e fraquezas.

E é exatamente essas conversas e essas trocas que eu quero ter por aqui na minha coluna mensal na Elas Que Lucrem! Aliás, estamos cortando a fita da inauguração juntas, com esse texto. Meu espaço nesse site empoderado e empoderador, feito por e para mulheres, não é meu, é nosso.

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Quero falar, mas também quero ouvir. Quero escrever e quero ler. Quero ser influenciada por novas histórias, novos conhecimentos e descobrir novas formas de fazer o que a gente sempre fez. 

Vou trazer para o centro da arena esses novos debates, como o corpo livre, a necessidade de nos abrirmos como empresa e como pessoa física — cada vez mais — para a diversidade, as dores e delícias de ser uma mulher no mercado de trabalho, a necessidade de falar sobre saúde mental e muitos, muitos outros temas.

Quero falar sobre empreendedorismo, sobre network, sobre olhar para dentro antes de olhar para fora, e da importância de lembrarmos que o CPF é sempre mais importante do que o CNPJ.

A ideia por aqui é de aproximar. De agregar. De criar uma comunidade de outras mulheres que querem caminhar juntas, rumo ao futuro. E o futuro, meus amores, é feminino! Vamos juntas.

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