Como dormir com um barulho desse?

Notícias quentes sobre o mercado financeiro, por Luciene MIranda
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E como prosseguir a vida normalmente após a bomba que caiu sobre o país ontem no final do dia após uma semana inteira de tensões em torno do desrespeito ao teto de gastos do governo com clara intenção eleitoreira?

Quatro altos funcionários do Tesouro Nacional pediram demissão juntos em sinal de desagravado à manobra orçamentária articulada junto com o Congresso para ampliar o teto de gastos e viabilizar o programa social a R$ 400,00 por mês até o fim de 2022. Eram da equipe de confiança do ministro da Economia Paulo Guedes e se sentiram aviltados com a conduta do governo que representavam. Ainda mais depois da fala do próprio ministro Guedes no dia anterior sobre “licença para gastar”, logo ele que era a única crença do mercado na austeridade fiscal do poder executivo.

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Ontem à noite, todos ficaram paralisados. Mais ou menos como na semana do 7 de setembro e aquela tremenda crise institucional. A vida não segue o curso normal porque todos param para ver o que vai acontecer. Não se arriscam. Ficam quietos. O país para. Os negócios também.

Na plataforma oficial de divulgação de notícias corporativas das companhias de capital aberto, o silêncio. E não se trata do período de silêncio não obrigatório que algumas empresas adotam antes da divulgação dos balanços. As companhias vinham num ritmo entusiasmado de anúncios de novos negócios, de empolgação com o controle da pandemia no país. Mas crises políticas como a atual geram incerteza, retração de investimentos, medo, e um país com muito mais dificuldades de recuperação econômica.

Eu mesma tinha outros planos para a coluna de hoje. Parei e estou escrevendo sobre o inevitável. Temo pelo futuro das novas gerações num país atolado em dívidas e com problemas de soberania em função de fragilidade econômica.

Agora, vamos acompanhar o andamento dos negócios na bolsa brasileira e no mercado de câmbio. Tudo descolado do comportamento no exterior. Aqui no Brasil, o sentimento na semana é de “aversão ao risco”, termo usado para situações em que investidores correm desesperados para ativos considerados seguros. E o dólar é um deles.

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