Teste de nervos na bolsa brasileira

Notícias quentes sobre o mercado financeiro, por Luciene Miranda
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A última semana de outubro promete ser tensa para investidores da bolsa brasileira. Na mesma dose dos últimos dias.

Na política, PEC dos Precatórios segue em negociação na Câmara dos Deputados para incluir a ampliação do teto de gastos do governo não só pelo novo programa social do governo, mas também para outras concessões em jogo para a aprovação: auxílio diesel aos caminhoneiros, reajuste dos servidores, entre outros. Há chances até do valor do Auxílio Brasil ser maior que R$ 400 mensais. Lembrando que os estudos técnicos do próprio Ministério da Economia mostravam o valor de R$ 300 como possível dentro do orçamento.

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Esta complacência fiscal terá um preço amargo para toda a população. Gastos desenfreados, sejam do governo ou da população, geram ainda mais inflação. A nossa já atingiu os dois dígitos em setembro, com o IPCA a 10,25% em setembro no acumulado do ano.

Esta semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central dará sua resposta a todo este descontrole através da sua decisão de política monetária. O que é isso? Vai dizer o quanto o dinheiro ficará mais caro com o aumento da taxa básica de juros, a Taxa Selic. Está em 6,25% ao ano e, segundo projeções de analistas, deve saltar para 7,50% ou 7,75% na reunião desta quarta-feira (28).  Para você ter uma ideia da velocidade desta alta, basta comparar com a Taxa Selic do início do ano que era de 2%. A partir desta base decidida pelo BC, o mercado todo aumenta juros também. Juros maiores para você pagar nas compras com cartão, nos financiamentos, nos empréstimos… e por aí vai.

A semana também será marcada pela divulgação de muitos balanços de empresas no terceiro trimestre do ano. E, conforme prometido aqui, daremos dicas preciosas para acompanhar os números das empresas nas quais você já investe ou tem planos de investir um dia.

Fernanda Melo, planejadora financeira CFP® e sócia da HCI Invest, explica que o objetivo das companhias é sempre maximizar a receita para acionistas e focar na sustentabilidade no longo prazo. As principais informações são o balanço patrimonial, a demonstração de resultados do exercício (DRE) e a situação dos fluxos de caixa. “Com estas informações, é possível extrair qual o ativo e o passivo total daquela empresa, o que compõe o caixa e o equivalente de caixa e se o caixa é saudável, quais as principais fontes de financiamento desta companhia, se a empresa tem impostos a pagar no longo prazo, quais são os produtos registrados no estoque, se a companhia tem dificuldade ou não de liquidar as obrigações daquele período, as vendas a prazo a serem recebidas e as principais decisões de investimento”.

Nesta sexta-feira (22) à noite, a Hypera Pharma anunciou seu resultado no terceiro trimestre com lucro líquido de operações continuadas de R$ 464,7 milhões, representando alta de 32,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização das operações continuadas da companhia, foi de R$ 580,9 milhões, com um alta de 47,6% na base anual. A receita líquida foi de R$ 1,63 bilhão no período, 50% maior na comparação com o terceiro trimestre de 2020.

Hoje à noite, após o fechamento da bolsa, EcoRodovias, TIM, Neoenergia e Energias do Brasil (EDP) anunciam seus números do terceiro trimestre do ano.

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