Os primeiros passos para começar a investir com pouco

Aprender a lidar com o dinheiro garante tranquilidade financeira e possibilita a realização de sonhos
avatar Francine Mendes

Aprender a lidar com o dinheiro é uma habilidade que pode ser desenvolvida por todos, basta ter disciplina e vontade de aprender.

Além de garantir tranquilidade financeira, possibilita a realização de sonhos. Com bons hábitos e investindo adequadamente, você pode aumentar seu patrimônio pessoal e familiar, aumentando as chances de alcançar seus objetivos e melhor: independência financeira.

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Hoje, mulher, eu vou ensiná-las como investir com pouco. No entanto, o investimento que me refiro, transcende o dinheiro.

Eu vou chegar lá, calma! Antes, vamos fazer uma brincadeira:

Ema ema ema, cada um com seu …………………………

Preencha a frase, vamos refletir e questionar sobre a vida de nós mulheres direcionadas para cuidar de todos menos de nós, reféns do mau conhecimento recebido desde a infância, fomos criadas aos moldes da sociedade tacanha para desfrutar do título de boa moça. Quem está preocupado de fato com nossos problemas, sobretudo, financeiros?

Seja comportada, dizem eles.

Seja bela, dizem eles.

Seja boa mãe, dizem eles.

Seja boa esposa, dizem eles.

Seja produtiva, dizem eles. 

Seja sexy, dizem eles. 

Seja sua melhor versão, dizem eles.

Seja ignorante, pensam eles.

O imperativo cultural que emoldura o “bom” comportamento de nós mulheres drena nossas forças e coloca em xeque o potencial do feminino em contribuir para a sociedade voar com duas asas.

Percorremos um longo caminho até aqui, porém, estamos longe do progresso. Somos deixadas de lado dos papéis lucrativos e, invisíveis nas tarefas domésticas não remuneradas, na maioria das vezes, descartadas dos empregos, dos relacionamentos, somos arremessadas a graves problemas emocionais e financeiros.  

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As “boas moças”, as comportadas, as permissivas, as verdadeiras domésticas da sociedade, em sua maioria, estão pobres e dependentes. Elas estão ganhando menos e trabalhando mais.

A boa notícia, é que boas moças têm poder. Aliás, o verdadeiro poder. Aquele que vai além do dinheiro, além das posições de “prestígio”. Precisamos aprender a exercer a arte de olhar com os olhos de ver, deixar o maior obstáculo no campo da consciência discriminativa de lado – a neurose. A neurose, uma espécie de fixação em um único aspecto da vida, nos faz enxergar um mundo com realidade distorcida. O hábito pode nos cegar do caminho correto para nossa liberdade emocional, sexual, financeira e por aí vai.  Paixões únicas limitam a consciência. É chegada a hora de novas paixões, vamos falar sobre uma paixão antiga e até então masculina: o dinheiro!

  • Onde nós mulheres estamos investindo nosso tempo? 

Muitas agarram-se nas amarras do “medo”, outras ocupam a frágil posição de remediar os sintomas dos instintos sexuais masculinos, tem as que preferem ignorar o assunto e deixar como está para ver como fica – Fica como está!

A cada quatro idosos pobres, três são mulheres, onde está o problema?

Excesso de amor e falta de conhecimento. No primeiro caso, a armadilha do amor gratuito nos persegue, amamos a prazo e sofremos à vista; está implícito nosso desejo por gratidão e reconhecimento alheio por tudo que fazemos, mas raramente vem, quando vem, o preço assemelha-se à liquidação de produto encalhado nas prateleiras.

O segundo caso, o conhecimento (ou a falta dele), reflete a nossa educação capenga desde cedo que deixou às sombras do inconsciente feminino uma fragilidade por assuntos financeiros na realidade inexistentes. O dinheiro não é apenas deles. Os investimentos não são só deles. Do que nós mulheres estamos com medo na hora de reivindicar que nos remunerem por nosso precioso tempo? Não precisamos de ajuda, precisamos que nos paguem e bem por domesticar e educar uma sociedade inteira. 

Enquanto isso não acontece, vamos arrumar nossa própria casa, aqui no caso, nossa mente. Começar pelos gravetos para fazer uma fogueira é o caminho.

  • Afinal, como começar a investir com pouco? 

O primeiro passo para investir em produtos financeiros é mudar nosso hábito e expandir a consciência.

Qual o nível de clareza você tem hoje da vida que leva? Quanto precisa de renda para bancar suas escolhas? Como vai fazer isso? Sugiro, que a partir do reconhecimento dos seus  problemas, você comece um processo de cura, de retirar do inconsciente a posição fragilizada que nos colocaram e agir.

Para isso, convido você querida leitora, a observar todos os movimentos em relação ao dinheiro que circula em suas mãos. Qual sua fonte de receita? Quanto é destinado para seu EU futuro todos os meses? Como você imagina sua vida daqui a dois anos, cinco anos, dez anos? 

Anote. Falaremos mais sobre isso. 

Em tempo, reflita – Só o dinheiro que você cuida é 100% seu. Vamos começar?

Francine Mendes é autora do livro ‘Mulheres que Lucram’, fundadora da Femtech Elas que Lucrem e CEO do Ellebank, além de ser mãe, esposa, empresária, e mestre em Psicanálise.

O conteúdo expresso nos artigos assinados são de responsabilidade exclusiva das autoras e podem não refletir a opinião da Elas Que Lucrem e de suas suas editoras

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