Pesquisa mostra que empreendedorismo ajudou 48% das mulheres a saírem de relacionamentos abusivos

Levantamento do Instituto e Rede Mulher Empreendedora também comprovou que negócios comandados por elas tendem a contratar mais mão de obra feminina
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34% das entrevistadas sofreram algum tipo de agressão conjugal (Via: LinkedIn Sales Solution/Unsplash)

No Brasil, 25 mulheres são alvo de violência doméstica a cada minuto, segundo dados de 2020 do Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec). Destas, 48% encontram no empreendedorismo uma saída para o relacionamento abusivo. É o que mostra a  6ª edição da pesquisa anual do Instituto e Rede Mulher Empreendedora (IRME) em parceria com o instituto de pesquisa Locomotiva. 

O levantamento mostrou que 34% das entrevistadas sofreram algum tipo de agressão conjugal, seja ela física ou verbal. Nesse cenário, a independência financeira conquistada graças a empreendimentos pessoais foi decisiva para uma mudança de rumo, como explica Ana Fontes, fundadora do movimento de apoio ao empreendedorismo feminino. “As mulheres se sentem mais confiantes e seguras quando têm uma geração de renda própria”, diz. 

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Esse sentimento é compartilhado pelas próprias empreendedoras. Segundo o relatório, 81% das mulheres ouvidas concordam que o empreendedorismo traz mais autonomia para a vida pessoal e profissional.

Empreendimentos femininos tiveram “boom” na pandemia

A pesquisa também mostrou que a pandemia foi uma importante protagonista no incentivo ao empreendedorismo feminino. Cerca de 26% das mulheres consultadas abriram seu negócio durante o último ano. O motivo, no entanto, passa longe da autoconfiança. Nesse caso, as principais justificativas foram o desemprego e a falta de renda. 

Em paralelo, o isolamento social foi visto como um obstáculo. Quase 54% das empreendedoras relataram dificuldade para crescer nesse período. Outras 50% afirmaram que o fechamento das escolas impactou negativamente a produção e a rotina de trabalho. 

Mulheres que ajudam mulheres

Outro fator de destaque é o desenvolvimento do “círculo virtuoso da empreendedora”. O termo é usado por Ana Fontes para se referir aos efeitos benéficos de ter uma empreendedora na família e na comunidade. Ela explica que o conceito se baseia na ideia de que o ganho econômico desses negócios serão investidos na educação dos filhos e no bem-estar dos parentes, potencializando essas pessoas para o futuro. 

Além disso, mulheres de negócios tendem a contratar mais mulheres como funcionárias, aumentando as possibilidades para o grupo. Nesse aspecto, a pesquisa mostrou que sete em cada 10 empreendedoras possuem uma mulher como sócia. E, enquanto os empreendimentos liderados por homens possuem 21% do quadro de colaboradores composto por mulheres, os empreendimentos comandados por elas registram 73% .“Muitas mulheres não reconhecem que seus negócios, ainda que pequenos, fazem parte de um ecossistema potente que gera muita riqueza”, comenta Ana.

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