Criptomoedas se recuperam de tombo no domingo, bitcoin sobe 9%

O bitcoin valorizava-se 9,39%, a US$ 37.967, após queda de 7,5% no dia anterior
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Moedas digitais subiam nesta segunda-feira (24), recuperando o terreno perdido após fortes quedas no fim de semana provocadas por sinais renovados de repressão chinesa ao segmento.

O bitcoin valorizava-se 9,39%, a US$ 37.967, após queda de 7,5% no dia anterior, mas segue ainda abaixo em mais de 40% do recorde do mês passado.

O ether avançava 14,1%, a US$ 2.570, depois de cair mais de 8% no domingo, para uma mínima em quase dois meses.

Na semana passada, formuladores de políticas intensificaram resposta à popularidade e volatilidade das criptomoedas.

Nesta segunda-feira, a diretora do Federal Reserve Lael Brainard disse em uma conferência online organizada pela CoinDesk que o crescimento do “dinheiro privado”, os pagamentos digitais e as medidas de outros bancos centrais estão aumentando o foco nas moedas digitais de banco central (CBDC).

Enquanto seus comentários fizeram muito preço nas cotações, ela disse que a maior disponibilidade de opções de pagamento digital de empresas privadas ameaça “fragmentar” o espaço de pagamentos de forma que poderá criar atritos e deixar alguns consumidores de fora.

“O que estamos vendo é uma evolução de moeda fora da lei para algo que poderia se tornar potencialmente mais popular”, disse Paul Nolte, gerente de portfólio da Kingsview Asset Management em Chicago. “Para que se torne mainstream, vai ter que haver regras e regulamentos em torno disso.”

“E é isso que está criando a volatilidade de curto prazo em todas as criptomoedas.”

O bitcoin subiu 29% este ano, mas caiu 42% em relação à máxima do ano de US$ 64.895,22, em 14 de abril.

O catalisador para a queda de domingo foram os “mineiros” de criptomoedas – que cunham criptomoedas usando computadores poderosos que resolvem enigmas matemáticos complexos – que tiveram operações interrompidas na China diante da crescente fiscalização das autoridades.

A atenção dispensada aos mineiros na China – que respondem por cerca de 70% do fornecimento da criptomoeda – é a mais recente frente de um esforço mais amplo de Pequim contra o setor de moedas digitais.

A principal bolsa de criptomoedas Huobi suspendeu nesta segunda-feira a mineração de criptomoedas e alguns serviços para novos clientes da China continental, acrescentando que, em vez disso, se concentraria em negócios no exterior. Outros também suspenderam os negócios na China.

No curto prazo, disseram os participantes do mercado, isso provavelmente levará a uma pressão sobre os preços, já que as mineradoras vendem o bitcoin mantido em seus balanços.

(Com Reuters)

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