Ações de bancos garantem Ibovespa no azul

Bolsa resiste às sinalizações de política monetária mais apertada no Brasil e EUA
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As ações de instituições financeiras subiam hoje (17) na bolsa paulista, cujo principal índice subia, resistindo a expectativas mais pessimistas para o conjunto da economia, após sinalização de política monetária mais apertada no Brasil e nos Estados Unidos.

Às 11H15, o Ibovespa mostrava valorização de 0,33%, aos 129.681,15 pontos. O giro financeiro da sessão era de R$ 6,72 bilhões.

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Segundo profissionais do mercado, embora as decisões de quarta-feira tenham vindo conforme esperado – com manutenção do juro perto do zero nos EUA e alta de 0,75% no Brasil, para 4,25% ao ano – investidores reagem a sinalizações de juros em alta mais à frente.

A maioria dos dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) passou a esperar alta de juro em 2023, antecipando o ciclo em relação à última divulgação, quando a visão majoritária era de que o ciclo de alta começasse em 2024.

Esse conteúdo, divulgado durante as negociações na véspera, já deu viés negativo no fechamento dos mercados, tendência reverberada nas bolsas de Europa e Ásia nesta sessão.

Por aqui, a mudança de tom no comunicado do Banco Central, na direção de um processo de normalização completa da taxa de juros, em vez de uma abordagem parcial, foi lida como sinal de que a Selic chegará a 6,5% anuais em 2021, em vez de no ano que vem, apontou o Bradesco em relatório a clientes.

Segundo Pietra Guerra, analista da Clear, “bancos e seguradoras tendem a se beneficiar de uma taxa de juros mais alta”, enquanto setores ligados ao consumo podem ser impactados de forma negativa, já que juros mais altos tendem a desmotivar o consumidores.

Destaques

  • ITAÚ UNIBANCO PN subia 2,1%, seguido por BRADESCO PN, com ganho de 1,7%. BANCO INTER UNIT ia além, com elevação de 5,5%. No ramo segurador, IRB BRASIL evoluía 2,3%, enquanto SUL AMÉRICA UNIT tinha apreciação de 1,6%.

E AINDA: Principais notícias do mercado para quinta-feira

  • GERDAU recuava 2,1%, com a expectativa de aumento do juro piorando perspectivas para a construção civil, para o qual a siderúrgica é grande fornecedora. CSN, que também opera com aços longos e cimento, caía 2,7%.
  • CYRELA puxava a fila de baixas entre as construtoras no índice, com recuo de 0,5%, seguida por JHSF, com baixa de 0,3%. MRV cedia 0,3%.
  • Entre as varejistas, CARREFOUR BRASIL recuava 0,3%. GPA operava perto da estabilidade. CIA HERING tinha declínio de 0,7%.

(com Reuters)

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