Thinkseg será a primeira empresa brasileira a fazer listagem direta nos EUA

Investidores poderão fazer reserva de cotas, cada uma com preço mínimo de US$ 500
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A startup de seguros Thinkseg vai estrear no mercado acionário dos Estados Unidos no início do segundo semestre deste ano por meio de listagem direta, na primeira operação de uma empresa brasileira usando o processo conhecido como DLP (direct listing).

O pedido de listagem já foi feito à Securities and Exchange Commission (SEC, comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos) e a operação deve ser concluída por volta de setembro, disse à Reuters o presidente da Thinkseg, Andre Gregori.

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Diferente das ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), as DLPs dispensam a necessidade de contratar bancos para encontros com investidores e subscritores para as ações, o que reduz custos da transação.

No caso da Thinkseg, os investidores poderão fazer reserva de cotas, cada uma com preço mínimo de US$ 500.

“Estamos providenciando a DLP para ofertas públicas de até US$ 75 milhões”, disse Gregori à Reuters, acrescentando entender que a empresa ainda não tem tamanho para um IPO.

Segundo Gregori, os recursos a serem captados com a oferta serão investidos em outra empresa, com estrutura financeira e jurídica própria, completamente separada da Thinkseg, que se prepara para iniciar operações nos Estados Unidos e no México.

Para receber aval para uma DLP, uma companhia sediada fora dos EUA precisa abrir uma subsidiária no país, sem vínculo societário com a empresa do mercado de origem.

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Criada em 2016, a Thinkseg usa inteligência artificial para vender seguros automotivos. Em 2018, comprou a plataforma de seguros e produtos financeiros Bidu. Em 2019, fez parceria com a italiana Generali para venda de seguro por assinatura mensal. 

O mecanismo DLP ganhou visibilidade após ter sido escolhido por gigantes como Spotify, Robinhood e a corretora de criptomoedas Coinbase para listar ações em bolsa. No Brasil, o assunto vem sendo discutido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com participantes do mercado, antes de levar adiante uma possível regulação para esse tipo de operação.

Outra vertente que vem ganhando força nos EUA é a Special Purpose Acquisition Company (SPAC), veículo de propósito específico de aquisição, também chamadas de “empresas do cheque em branco”. As SPACs levantaram cerca de US$ 100 bilhões nos EUA em 2021, após movimentar US$ 83 bilhões em 2020.

(com Reuters)

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