Ibovespa avança com apoio de Wall Street e produção industrial

No Brasil, a indústria apresentou avanço de 1,4% em maio em relação a abril, retomando o nível pré-pandemia
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O principal índice do mercado acionário paulista avançava hoje (2), favorecido pelo otimismo em Wall Street após dados do mercado de trabalho norte-americano, enquanto a pauta brasileira mostrou crescimento na produção industrial após três meses de retração.

Às 11h48, o Ibovespa subia 0,91%, a 126.812,61 pontos. O volume financeiro somava R$ 9 bilhões.

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Em Nova York, o S&P 500 renovou máxima histórica após dados que mostraram criação de vagas de trabalho acima do esperado nos Estados Unidos, com o rendimento médio desacelerando a alta e a taxa de desemprego mostrando elevação.

“O ‘payroll’ mostra evidentemente a continuada recuperação do mercado de trabalho americano, um sinal que deve ensejar cautela por parte do Fed”, disse o estrategista-chefe do banco digital Modalmais, Felipe Sichel, referindo-se ao BC dos EUA.

“Por outro lado, o avanço na taxa de desemprego e a estabilização dos salários podem ser tomados como atenuantes.”

No Brasil, a indústria apresentou avanço de 1,4% em maio em relação a abril, segundo dados do IBGE, retomando o nível pré-pandemia, embora abaixo do esperado, conforme ainda busca se recuperar das cicatrizes deixadas pela Covid-19.

“O recuo das medidas de lockdown e o aumento da mobilidade durante a segunda metade de abril e ao longo de maio abriram caminho para um fortalecimento gradual da atividade industrial”, observou o chefe de pesquisa econômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos.

“No entanto, as pressões de custo e fricções na cadeia de abastecimento estão limitando o lado positivo de curto prazo para o setor”, acrescentou.

Destaques

VALE ON subia 1,4%, com o setor de mineração e siderurgia como um todo no azul nesta sessão diante de alta dos futuros do minério de ferro na China. A companhia também informou nesta sexta-feira que está comissionando as atividades no carregador de navios 6 (CN6), no Terminal Marítimo Ponta da Madeira, em São Luís, após cinco meses de parada para manutenção.

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PETROBRAS PN recuava 0,3%, acompanhando a fraqueza dos preços do petróleo no exterior. A empresa anunciou na quinta-feira, após o fechamento do mercado, que iniciou o processo de venda da sua participação em blocos exploratórios localizados em terra na Bacia do Paraná.

BTG PACTUAL UNIT avançava 3,15%, melhor desempenho entre os bancos do Ibovespa, após concluir a venda de sua participação de 49% na Credpago Serviços de Cobrança para a Loft Tecnologia, estimando um ganho de aproximadamente de 1,4 bilhão de reais com o negócio. BRADESCO PN subia 0,2% e ITAÚ UNIBANCO PN caía 0,1%.

ULTRAPAR ON valorizava-se 3,4%, em sessão de recuperação, após fechar na véspera na mínima desde o começo de março. No setor, BR DISTRIBUIDORA ON subia 3,15%, mantendo o sinal positivo da quinta-feira, após a Petrobras vender sua participação na companhia nessa semana.

MAGAZINE LUIZA ON avançava 4,1%, reagindo após duas sessões consecutivas de queda, quando acumulou declínio de 4,5%. No setor, B2W ON subia 1,6% e VIA VAREJO ON tinha acréscimo de 0,8%.

RUMO ON recuava 1,5%, em a ajustes após alta de mais de 3% na véspera, quando reagiu a uma notícia do Valor Econômico de que a companhia e a Santos Brasil avaliam unir operações de contêineres. No final da quinta-feira, ambas as empresas afirmaram que avaliam constantemente oportunidades de negócios, mas que não há documento vinculante a respeito do assunto tratado na matéria.

TEGMA ON, que não está no Ibovespa, disparava 13,5%, maior alta do Small Caps, após a JSL anunciar proposta de aquisição pela rival. A transação em dinheiro e ações inclui o pagamento de 989 milhões de reais aos acionistas da Tegma, bem como 49,4 milhões de novas ações da JSL. JSL ON saltava 8,3%.

(com Reuters)

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