Pesquisa mostra que mulheres só investem mais do que os homens na poupança

No mercado de ações, 4,9% dos homens disseram comprar papéis de empresas na Bolsa de Valores e apenas 1,5% das mulheres disseram investir na modalidade
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Uma pesquisa mostrou que as mulheres só investem mais do que os homens na poupança. Enquanto 31,6% o público feminino aplica o dinheiro na caderneta, 27,2% dos homens disseram fazer o mesmo. Mas, nos últimos anos, o rendimento dessa modalidade de investimento tem perdido para a inflação e a rentabilidade não cobre o aumento do custo de vida. O levantamento “Raio X dos Investidores 2020” foi feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a pedido da EXAME.

O estudo revelou ainda que que a maior diferença entre investimentos feitos por homens e mulheres são as ações. Enquanto 4,9% dos homens disseram comprar papéis de empresas na Bolsa de Valores, apenas 1,5% das mulheres disseram investir nessa modalidade.

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Quando o assunto é a previdência privada, ambos os gêneros investem com pouca diferença. O levantamento da Anbima ouviu 3,5 mil pessoas espalhadas por 149 municípios do Brasil.

Os entrevistados também foram questionados sobre se conseguiram poupar dinheiro em 2020 e 41,3% dos homens disseram que sim, contra 30,3% das mulheres.

O conhecimento do que é o investimento em ações também foi questionado. Apenas 17% das mulheres conheciam a modalidade, contra 24,9% dos homens. Entre os homens, 43% não conhecem nenhum tipo de investimento, contra 50,8% das mulheres.

Além de menos renda e com pouca educação financeira, um outro problema para as mulheres é a falta de representatividade feminina no setor dos investimentos. A pesquisa da Anbima identificou que no universo de influenciadores de investimentos existem, atualmente, 35 influenciadoras femininas que falam sobre educação financeira e investimentos. Elas somam apenas 12% do total do mercado.

Quando o assunto é a participação feminina entre os analistas de investimentos certificados, o porcentual de mulheres diminui mais ainda quanto maior é o grau de especialização. Apesar de serem maioria com a certificação CPA-10 (53%), o porcentual cai para 44% quando são considerados profissionais com CPA-20. No grupo com certificação CEA (32%), e quando se trata da CGA (7%).

Em entrevista à Revista Exame, Marcelo Billi, superintendente de educação financeira na Anbima, diz que o resultado ainda condiz com a realidade atual. “É um fenômeno global. A explicação é que provavelmente a mulher tem menos educação financeira do que os homens. Precisamos entender como diminuir esse grau de desconhecimento, com cursos e treinamentos voltados para elas”, diz Billi.

(Com informações da Exame)

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