O Banco Central deu as caras no mercado e tirou o dólar à vista de perto dos R$ 5,50, mas a moeda ainda fechou em alta e no maior patamar desde abril, registrando os maiores ganhos para setembro e para o terceiro trimestre em seis anos.
O dólar à vista até chegou a cair mais cedo, indo a uma mínima de R$ 5,3674 -queda de 1,15%-, mas ainda pela manhã começou a ganhar força, movimento que se intensificou nas negociações vespertinas conforme o mercado adicionava prêmio de risco por temores de flexibilização fiscal relacionada ao auxílio emergencial.
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Assim, a divisa brasileira começou a descolar mais de seus pares, alguns dos quais tinham ganhos contra o dólar nesta quinta-feira (30).
Mas o anúncio pelo BC à tarde de um leilão extraordinário de US$ 500 milhões de em swaps cambiais tirou a cotação dos picos do dia. Na máxima, o dólar spot foi a R$ 5,4771, alta de 0,87%, enquanto no mercado futuro a taxa superou R$ 5,5000.
No fechamento do dia, o dólar à vista subiu 0,36%, a R$ 5,4496 na venda. É o nível mais alto desde 27 de abril (R$5,4625). A moeda engatou o sétimo pregão de ganhos, já perto de igualar a sequência de oito altas ocorridas entre o fim de junho e início de julho.
Em setembro, o dólar avançou 5,36% , maior valorização desde janeiro passado (+5,53%) e a mais forte para o mês desde 2015 (+9,33%).
No terceiro trimestre, a moeda saltou 9,51%. É a mais intensa apreciação desde os três meses findos em março de 2020 (+29,44%), quando a pandemia de Covid-19 chacoalhou pela primeira vez os mercados globais.
Para o período de julho a setembro, a alta deste ano foi a mais veemente desde 2015 (+27,55%). No acumulado de 2021, o dólar sobiu 4,97%.
(Com Reuters)
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