Um novo levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas, mostra o Brasil em terceiro lugar no ranking de inflação da América Latina, atrás somente da Argentina e do Haiti, que enfrentam fortes crises econômicas e políticas.
De 2020 a 2021, em 12 meses, a taxa de inflação do Brasil chegou a 9%, com a Argentina acumulando 51,8% e o Haiti 17,9%. É importante ressaltar que o levantamento não considera o índice da Venezuela, que devido ao grande colapso econômico enfrentado pelo país apresenta números distorcidos e que podem atrapalhar a comparação com as outras nações.
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Após o Brasil, República Dominicana, Uruguai e México seguem a lista. “Nós tivemos uma desvalorização cambial maior (do que os outros países) por causa do ambiente de incerteza num momento de juro baixo. Com a incerteza crescendo e os juros em 2%, lá no início do ano, ninguém queria ficar aqui. O investidor foi para mercados mais seguros e isso ajudou a desvalorizar a nossa moeda”, declarou André Braz, pesquisador do Ibre/FGV, em entrevista ao G1.
No fim do ano passado, o Brasil ocupava a sexta posição entre as economias da região com maior inflação. Com o alto preço de commodities e o aumento da exportação de produtos devido a melhor rentabilidade em outras economias, a inflação do Brasil disparou, sendo ainda mais agravada pela crise política e hídrica.
O Brasil ficou ainda acima da média prevista por pesquisadores, que era de 3,75%. Estudiosos mais positivos cogitam que até o fim de 2021 o índice irá sofrer uma diminuição, ficando em em 7,58%.
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