Ontem na coluna Ordinárias e Preferenciais, falamos sobre o poder da informação e como é importante se antecipar aos pregões com dados que podem impactar os negócios na bolsa de valores.
Hoje, a dica é sobre ter atenção aos sinais que o mercado revela dia a dia. Na noite passada, tivemos duas notícias de companhias da área da saúde movimentando-se neste segmento.
A Hapvida (HAPV3) adquiriu 100% de participação no hospital Viventi na área nobre da capital federal por R$ 22 milhões e com contrato para adquirir também o imóvel por R$ 200 milhões.
A Rede D’Or (RDOR3), por sua vez, anunciou emissão de R$ 1,2 bilhão em debêntures com vencimentos em 2031 e 2036. Debêntures são um instrumento de dívida com rentabilidade fixa que as empresas lançam no mercado para investidores como uma maneira de captarem recursos para planos específicos. No caso da Rede D’Or, o objetivo com a operação é ter capital para futuras despesas com construção, expansão e reformas de imóveis da companhia.
A Kora Saúde (KRSA3) anunciou há poucos dias que adquiriu 80% do Grupo Oto, dono de hospitais em Fortaleza, Caucaia e Messejana, no Ceará.
As notícias de aquisições no setor de saúde têm sido quase que diárias. Claro, grandes companhias que não foram atingidas pela crise econômica causada pela pandemia de Covid-19 compram unidades de saúde que, ao contrário, tiveram as finanças impactadas pelas despesas extras no período. De maneira geral, estes ativos do segmento de saúde estão com preços atraentes. E os grandes aproveitam o chamado custo-oportunidade.
Recentemente, empresas não ligadas à área de saúde também compraram hospitais. Há poucos dias, a Usiminas (USIM5), através de sua Fundação São Francisco Xavier, anunciou que vai investir R$ 280 milhões na construção de uma unidade em Belo Horizonte que se chamará Hospital Libertas. A fundação já opera cinco hospitais, quatro em Minas Gerais e um em São Paulo.
Há um mês, a XP Inc. (XPBR31) comprou o Hospital de Olhos Santa Luzia em Recife por valor não informado.
Agora, vamos fazer um exercício de imaginar um futuro pós-pandemia. O mundo e as pessoas estão fragilizados, expostos, após tantos danos e desequilíbrio ao meio ambiente que viemos causando há milhares de anos. Não estaremos livres de novas ameaças à saúde, novos vírus. A ciência e a medicina, cada vez mais, terão que se superar para salvar a humanidade. Vacinas e cuidados médicos serão ainda mais constantes em nossas vidas. E para as empresas que se adiantaram a esta tendência, a possibilidade de grandes lucros.
Vamos acompanhando este movimento por aqui, analisando as finanças destas empresas trimestre a trimestre e, diariamente, observando o comportamento destas ações na bolsa brasileira. E, acima de tudo para bons investimentos, ter muita atenção aos sinais!
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