Dia intenso nas bolsas em todo o mundo

É chegado o dia mais aguardado da semana no mercado financeiro em todo o mundo.
Foto Luciene avatar v1

Daqui a pouco, o departamento de trabalho dos Estados Unidos divulga o relatório sobre como esteve o setor no mês de setembro. É o Payroll. Ele servirá como base para o banco central de lá, o Federal Reserve, decidir se começa em breve o processo de deixar de injetar dinheiro na economia por meio da compra de ativos. Esta iniciativa se deu por causa da crise gerada pela pandemia de Covid-19. Mas seguiria só até a recuperação da atividade naquele país. O dado de hoje de manhã dirá ao FED e ao mundo se a economia do país já tem condições de caminhar sozinha.

Tudo isso é notícia positiva. Então, como se desanimar com indicadores de recuperação da economia depois de tudo que passamos? É que o mercado financeiro faz uma outra leitura desta história. E a visão é pessimista, o que reflete no estresse de índices, na forte oscilação de ativos e em pregões de baixas acentuadas. Vamos acompanhar o que teremos para hoje.

Aqui no Brasil, a tensão é elevada com a divulgação da inflação oficial verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Vamos conhecer o IPCA de setembro que é indicador ao mercado também de futuras ações do Banco Central do país. A ferramenta que o BC tem à mão é o chamado “aperto monetário” na tentativa de frear a alta dos preços. O Banco Central aumenta os juros básicos e esta elevação se reflete nos demais juros aplicados em toda a economia. Consequentemente, tudo fica mais caro para induzir a uma redução de consumo pela população. Assim, teoricamente, os preços cairiam. Costuma funcionar com alguma frequência, mas a sociedade paga um preço alto com esta medida. Literalmente. Alto e amargo.  

De 2% ao ano no início de 2021, a taxa básica de juros do Brasil, também conhecida como Taxa Selic, já está em 6,25% ao ano, elevada a cada reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom. As reuniões ocorrem a cada 45 dias. É uma alta acelerada dos juros na disputa de queda de braço do BC contra a inflação. Por isso, o IPCA de hoje mostrará se o preço alto que estamos pagando está surtindo efeito ou estaremos caminhando de volta para juros básicos no país com dois dígitos como no passado. A vida ficará bem mais difícil.

E o dólar? Ah, este danado. Não deu trégua nem ontem, subindo junto com a bolsa de valores. Este é outro desafio para o Banco Central. Hoje, possivelmente, o câmbio terá outra sessão de nervosismo.

O noticiário corporativo está recheado. Importante acompanhar e associar com o comportamento das ações. Vamos lá.

Minerva (BEEF3) anunciou ontem à noite que alcançou 100% de conformidade socioambiental em auditoria do Ministério Público do Estado do Pará na região amazônica. A empresa atestou integralmente o cumprimento dos termos de ajuste de conduta (TAC) da pecuária paraense. O TAC tem foco em aspectos legais, ambientais e sociais envolvidos na atividade pecuária.

Klabin (KLBN4) divulgou a contratação de uma linha de crédito rotativo vinculado à sustentabilidade (RCF) de US$ 500 milhões com nove instituições financeiras e vencimento em outubro de 2026.

Méliuz (CASH3) anunciou uma parceria com a companhia de crédito Captalys para oferecer um produto de crédito a clientes que tiverem o cartão da companhia a partir do ano que vem. O suporte ao crédito ao cartão da Méliuz será por meio de um fundo de investimento de direitos creditórios (FIDC) exclusivo com participação das duas empresas parceiras.

Natura (NTCO3) informou ontem à noite que o conselho administrativo do grupo aprovou a emissão, sem direito de preferência, de 422.269 novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço total de integralização de R$ 6,8 milhões.

Azul (AZUL4) divulgou dados de tráfego de setembro com alta de 8,7% na comparação anual. A capacidade doméstica (ASK) também aumentou 11,1% e a taxa de ocupação foi de 80,3%.

Hapvida (HAPVI3) divulgou esta manhã que seu conselho administrativo aprovou a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures não conversíveis em ações em duas séries. Os vencimentos serão em 2027 e em 2029.

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