Ofertas no mercado de capitais até setembro já ultrapassam total registrado em 2020

Com destaque para a renda variável, volume obtido entre o primeiro e o terceiro trimestres do ano chega a R$ 404,8 bilhões
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Anna Nekrashevich/Pexels
O resultado já é o segundo maior da série histórica da entidade

As ofertas das companhias brasileiras no mercado de capitais surpreenderam pelo resultado positivo: entre o primeiro e o terceiro trimestres de 2021, o volume obtido chegou a R$ 404,8 bilhões, ultrapassando o total obtido durante os 12 meses de 2020, segundo ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). 

Mais do que positivo, o resultado já é o segundo maior da série histórica da entidade, iniciada em 2011. Apesar da surpresa, a alta tem uma explicação plausível. Foi puxada, principalmente, pelas operações com debêntures e IPOs (ofertas públicas iniciais de ações). Entre as debêntures, foram emitidos R$ 56,5 bilhões apenas no terceiro trimestre, levando o resultado deste ano – até setembro – para R$ 155,4 bilhões, o que representa alta de 108,4% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 2020, as ofertas de debêntures atingiram R$ 121,1 bilhões.

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Enquanto isso, os IPOs já registraram R$ 63,4 bilhões – 45 operações – até o último mês. Em 2020, o acumulado do ano ficou em R$ 45,3 bilhões, totalizando 27 operações. Entre os follow-ons (ofertas subsequentes de ações), são R$ 60,2 bilhões em 2021 contra R$ 73,9 bilhões ao longo de todo o ano passado.

Para José Eduardo Laloni, vice-presidente da ANBIMA, os números refletem a força da bolsa de valores atualmente. Na renda variável, o volume de ofertas de R$ 123,7 bilhões entre janeiro e setembro também ultrapassa o total obtido em 2020, de R$ 119,3 bilhões. “A renda variável é o grande destaque deste ano. Além dos números expressivos, é importante mencionar a diversidade de empresas e setores que têm acessado a bolsa de valores, contribuindo ao dinamismo do mercado”, afirma.

No entanto, embora a renda variável tenha ganhado os holofotes, as operações com instrumentos de renda fixa também apresentaram alta em relação ao ano anterior. Entre os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), foram emitidos R$ 21,2 bilhões nos primeiros nove meses de 2021, contra R$ 15,2 bilhões no total de 2020. Já entre os FIDCs (Fundos de Investimento em Direito Creditório), foram R$ 42,5 bilhões neste ano, acima dos R$ 33,8 bilhões registrados no ano passado. 

O terceiro trimestre também foi o período deste ano com maiores emissões de companhias locais no mercado externo, atingindo US$ 9 bilhões. No ano, até setembro, são US$ 23,5 bilhões. O total representa alta de 14,6% sobre o registrado no mesmo período do ano passado.

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