Está mais caro morar no Brasil, e é fácil perceber isso a partir do aumento dos preços dos combustíveis e dos alimentos ao redor do país. O último índice FipeZap, que acompanha o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, apenas comprova que os valores exorbitantes estão presentes em diversos setores da sociedade. Com os últimos resultados do ano, 2021 encerrou com uma alta acumulada de 5,29% nos preços residenciais – o maior avanço desde 2014, período em que o índice apresentou uma elevação nominal de 6,70%.
A elevação nos preços residenciais foi registrada em 47 das 50 cidades monitoradas. Na maioria delas, no entanto, a alta foi inferior à inflação. Na comparação com a inflação acumulada pelo IPCA/IBGE em 2021 (+9,28%), a alta nominal do Índice FipeZap se traduz em uma queda de 3,66% em termos reais. Na ótica desagregada, apenas 3 das 50 cidades monitoradas encerraram o ano com recuo nominal no preço médio de venda de imóveis residenciais: Santos (-2,07%), Campinas (-0,44%) e Niterói (-0,36%).
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Entre as outras 47 cidades, apenas 17 apresentaram alta superior à inflação acumulada no ano, sendo as mais expressivas em Itajaí (+23,77%), Itapema (+23,57%) e Balneário Camboriú (+21,21%), municípios de Santa Catarina. Em Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador, as altas acumuladas em 2021 foram de 5,54%, 4,13%, 3,06%, 2,16% e 1,57%, respectivamente.
Os últimos meses do ano foram importantíssimos para esses resultados. O índice FipeZap apresentou elevação de 0,48% em dezembro de 2021, após alta de 0,53% em novembro. Em termos de magnitude, as altas mais expressivas no último mês do ano foram registradas em Balneário Camboriú (+2,94%), São José dos Campos (+2,55%) e Vila Velha (+2,36%). Com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em dezembro de 2021, o preço médio calculado para as 50 cidades monitoradas foi de R$ 7.874/m². Entre elas, os maiores valores médios foram apurados em São Paulo (R$ 9.708/m²), Rio de Janeiro (R$ 9.650/m²) e Balneário Camboriú (R$ 9.358/m²). Já a lista com os menores preços residenciais incluiu Betim (R$ 3.091/m²), São José dos Pinhais (R$ 3.788/m²) e Pelotas (R$ 3.914/m²).
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