Antes de a 22a edição do “Big Brother Brasil” estrear na televisão, o reality show já estava entre os assuntos mais comentados das redes sociais. Na semana de divulgação dos participantes, os internautas especularam ansiosamente quais seriam os nomes da edição – até aquele momento, a ansiedade era para saber quem eram as celebridades (os chamados “camarotes”) da vez. No entanto, os pipocas – participantes anônimos – roubaram a cena por alguns detalhes inusitados. Um deles – Eslovênia – foi parar nos trending topics do Twitter por conta do seu nome.
Em sua apresentação para o público, a estudante de marketing contou que seu pai foi inspirado pela separação da Iugoslávia, processo iniciado em 1991 e concluído 10 meses mais tarde. Na realidade, a participante correu o risco de ser batizada de Bósnia-Herzegovina, república federal resultante do processo divisório, mas sua mãe não concordou. Para entrar em consenso, o casal optou por Eslovênia. A história agitou os telespectadores, que criaram diversos memes sobre o assunto.
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A movimentação foi tanta que a Embaixada do país europeu se pronunciou nas redes sociais e elogiou o nome da competidora: “Boa sorte, Eslovênia! Sister do BBB 22 com o nome mais lindo!”, publicou no Twitter. Em portais de notícias eslovenos, o assunto também foi comentado, gerando comoção internacional.
Embora o nome não seja comum, há muitas brasileiras batizadas com nomes de países e capitais ao redor do mundo. No caso de Eslovênia, não foi possível saber se há homônimas, já que o site do registro de nomes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresenta apenas nomes cuja frequência é maior ou igual a 20 indivíduos em todo o país. No entanto, foi fácil encontrar outros nomes inspirados em regiões, como Havana e Kenya.
Veja, na lista abaixo, alguns exemplos encontrados nos registros femininos do site do IBGE:
Kenya
O Quênia (Kenya, em inglês) é um país no leste da África que engloba savanas, regiões de lagos e planaltos montanhosos. Boa parte de sua fama turística está no Parque Nacional de Amboseli, que oferece vistas do monte Kilimanjaro, e nos safáris, que propiciam avistar animais selvagens como leões, elefantes, rinocerontes e gnus. Sua capital, Nairóbi, é a maior cidade da África Oriental e o principal centro financeiro, econômico, corporativo e cultural do Quênia. No site, foram encontradas 1.123 brasileiras cujos nomes foram grafados como Kenya, a maior parte delas no Distrito Federal. Já a versão aportuguesada – Quênia – foi escolhida para registrar 2.872 mulheres, a maioria de Goiás.
Roma
A capital da Itália também virou opção de nome para algumas famílias brasileiras. A cidade cosmopolita é quase um museu a céu aberto, com quase 3 mil anos de arte, arquitetura e cultura influentes no mundo todo. Ruínas antigas como o Fórum e o Coliseu relembram as pessoas sobre o poder do antigo Império Romano. No Brasil, há 347 mulheres com esse nome, a maior parte delas no Rio Grande do Sul.
Havana
A capital de Cuba tem cerca de 2,4 milhões de habitantes e exibe, em seu centro histórico, a arquitetura colonial espanhola do século 16, sendo uma cidade de extrema riqueza histórica e cultural. A cidade antiga de Havana e suas fortificações foram incluídos pela Unesco na Lista do Património Mundial em 1982. Por aqui, 157 brasileiras receberam o nome, a maior parte em Pernambuco.
Atenas
Ainda no rol de cidades que são berços da história mundial, Atenas é outra que serviu de inspiração para 25 cidadãs brasileiras. Não há uma definição exata de quais são os estados com mais registros. A capital da Grécia também foi o centro da Grécia Antiga e ainda é dominada por monumentos do século 5 a.C., como a Acrópole, uma cidadela no topo de uma montanha repleta de construções antigas. O Museu da Acrópole, juntamente com o Museu Arqueológico Nacional, preserva as esculturas, os vasos, as joias e outras relíquias da antiguidade.
Argélia
Como um país da África do Norte que tem uma linha costeira mediterrânica, a Argélia também carrega um legado histórico de impérios que passaram pelo local. As antigas ruínas romanas em Tipasa, à beira-mar, são uma prova disso. Já o interior do país fica no deserto do Saara, o maior deserto quente do mundo. Por aqui, 265 mulheres, a maior parte delas em Pernambuco, levam o nome.
Israel
Embora seja mais conhecido como um nome masculino por aqui, também é possível encontrar mulheres registradas assim – mais especificamente 640, a maior parte no Ceará. O país do Oriente Médio às margens do Mar Mediterrâneo é considerado a Terra Santa bíblica por judeus, cristãos e muçulmanos. Os locais mais sagrados ficam em Jerusalém, uma das cidades mais antigas do mundo.
Albânia
O pequeno país localizado na Península dos Bálcãs, no sudeste da Europa, dá nome a 200 brasileiras, a maior parte delas na Paraíba. Com apenas 27.400 km² e uma população de quase 3 milhões de habitantes, o país é conhecido pelos seus castelos e sítios arqueológicos. No entanto, não é tão simples visitá-lo. O país foi uma nação socialista da Segunda Guerra Mundial até 1992. Quando rompeu relações com a ex-União Soviética, em 1961, e se aliou à China, seu contato com outros lugares do mundo ficou estremecido. Por isso, poucos visitantes estrangeiros têm permissão de entrar.
Áustria
Localizada na Europa Central, a Áustria pode ser considerada vizinha da Eslovênia. De língua alemã, o país já foi casa de diversas personalidades históricas, como Mozart, Strauss e Freud. Viena, sua capital, conta com mais de 1,8 milhão de habitantes e é cortada pelo Rio Danúbio. Há 64 “Áustrias” por aí, a maior parte delas no Ceará.
Geórgia
Provavelmente o nome mais popular desta lista, Geórgia é um país localizado na interseção da Europa com a Ásia. Antiga república soviética, atualmente é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito por meio de uma democracia representativa. A capital, Tbilisi, é conhecida pela arquitetura diversificada e pelas ruas labirínticas de paralelepípedos de sua cidade antiga. Fora da Europa, Geórgia também é o nome de um dos 50 estados dos Estados Unidos, localizado na Região Sudeste do país, a leste do rio Mississippi. O número brasileiras registradas assim é de 8.488, a maior parte delas no Rio Grande do Norte.
Guiana
Finalmente uma referência sul americana. Trinta brasileiras, sem definição exata de um estado com maior número de registros, levam o nome do país localizado na costa do Atlântico Norte marcado por sua densa floresta tropical. Com o inglês como idioma principal, é culturalmente vinculado à região caribenha. Sua capital, Georgetown, é conhecida pela arquitetura colonial britânica, representada pela catedral anglicana de São Jorge.
Líbia
A Líbia fica na região do Magrebe, no Norte da África, e é banhada pelo mar Mediterrâneo ao norte. O país – que inspirou o registro de 2.942 brasileiras, a maior parte do Amazonas – faz fronteiras com países como Egito, Sudão, Chade, Níger, Argélia e Tunísia. A maior cidade e capital, Trípoli, é o lar de 1,7 milhão dos 6,4 milhões de habitantes do país, que hoje passa por um processo de reconstrução política e é regido sob uma constituição provisória elaborada pelo Conselho Nacional de Transição (CNT).
Romênia
País do sudeste europeu conhecido pela região florestal da Transilvânia – famoso cenário de diversos filmes de terror, visto que é lar do famoso Drácula. A região é conhecida pelas inúmeras cidades medievais preservadas, com muitos castelos e igrejas fortificadas. Bucareste, a capital do país, abriga a gigantesca sede do governo, o Palatul Parlamentului, da era comunista. Por aqui, 1.069 mulheres, a maior parte delas de Roraima, foram registradas com o nome.
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