Tolerar o sexismo está entre as oito principais razões para uma marca ser “cancelada” ou ao menos receber boicotes e protestos. É o que mostrou a pesquisa “Cancel Culture”, divulgada pela plataforma Statista, que ouviu mais de 1.500 pessoas dos Estados Unidos.
Dados do levantamento mostram que 32% das pessoas entrevistadas boicotariam uma marca caso o sexismo, discriminação fundamentada no sexo, seja tolerado.
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Em primeiro lugar, com 44% das escolhas para boicotar uma marca, está a crueldade contra os animais. O número foi maior do que se companhias cometessem maus-tratos contra os próprios trabalhadores (41%).
Ainda segundo os dados dos EUA, 18% dos entrevistados disseram que já haviam boicotado uma marca por causa de práticas consideradas antiéticas e 15% falaram com seus amigos e familiares sobre suas preocupações em torno de uma marca. Os dados mostraram ainda que 16% disseram que postaram sobre essas preocupações nas redes sociais.
Enquanto apenas 21% dos americanos afirmaram que nunca boicotariam uma marca ou atacariam de outra forma por causa de suas práticas de negócios, 50% disseram que nunca haviam feito isso antes.
No Reino Unido, as respostas dos entrevistados foram semelhantes, enquanto na Alemanha, os maus-tratos aos trabalhadores só chegaram ao sexto lugar do ranking, depois de danos ambientais, corrupção, problemas de saúde relacionados a produtos e racismo.
A pesquisa ouviu 1.528 norte-americanos adultos, entre 18 e 64 anos, durante os dias 22 a 28 de setembro de 2020.
Veja o ranking dos oito principais motivos que levam empresas ao cancelamento
Maus-tratos contra animais – 44%
Maus-tratos contra trabalhadores – 41%
Corrupção ou fraude – 40%
Tolerar racismo – 38%
Prejudicar o meio-ambiente – 35%
Vender produtos não saudáveis – 34%
Vender produtos com defeito – 33%
Tolerar sexismo – 32%