A Federação de Futebol dos Estados Unidos anunciou que os contratos de homens e mulheres passarão a ser os mesmos, com valores iguais. A medida era aguardada há anos pela seleção feminina norte-americana, que, mesmo com quatro títulos de Copa do Mundo e quatro ouros olímpicos, recebia salários inferiores aos da seleção masculina. Os jogadores possuem resultados bem menos expressivos, tendo como melhor marca um terceiro lugar na Copa do Mundo de 1930, no Uruguai.
Segundo comunicado da entidade, as propostas do novo acordo já estão à disposição das associações que representam os jogadores da seleção norte-americana. Segundo ela, o melhor caminho para o futuro do esporte no país passa por uma estrutura de pagamento único para ambos os times seniores. “Essa é uma forma de garantir que os jogadores das seleções masculina e feminina permaneçam entre os mais bem pagos do mundo. A medida é considerada a melhor decisão para todos, e também para o futuro do esporte no país”, disse.
A instituição ainda aproveitou o comunicado para convocar os jogadores de ambas as associações a se unirem para encontrar uma maneira de igualar o prêmio em dinheiro da Copa do Mundo da FIFA. “O futebol do nosso país não concordará com nenhum acordo coletivo de trabalho que não dê esse importante passo para igualar os pagamentos”, declarou.
Na Copa do Mundo masculina de 2018, na Rússia, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) distribuiu US$ 400 milhões entre as 32 seleções participantes. No ano seguinte, na Copa do Mundo feminina, na França, o total distribuído pela federação foi de US$ 30 milhões entre as 24 seleções. A França, grande vencedora da Copa 2018, recebeu US$ 38 milhões, valor maior do que o total distribuído pela federação em 2019 a todas as seleções femininas.
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