Brasileiras se sentiram quase 20% mais ansiosas do que homens durante pandemia

Pesquisa realizada pela Zenklub e pelo Instituto Datafolha mostra que as mulheres tiveram a saúde mental mais afetada durante o período
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A pesquisa, realizada em agosto, ouviu 1.197 voluntários de 129 municípios do Brasil (Via: Anna Shvets/Pexels)

As mulheres foram muito mais afetadas emocionalmente pela pandemia de Covid-19 do que os homens. A conclusão é de uma pesquisa conduzida pela plataforma de saúde emocional Zenklub em parceria com o Instituto Datafolha. Os dados mostraram que 76% das mulheres entrevistadas sentiram ansiedade nos últimos 12 meses, ante 57% dos homens. A pesquisa, realizada em agosto, ouviu 1.197 voluntários de 129 municípios do Brasil. 

Outros sintomas negativos, como insônia e depressão, também foram significativamente maiores entre o público feminino. Enquanto 64% das mulheres sentiram dificuldades para dormir no período analisado, o índice foi de 45% entre os homens. Já a porcentagem de trabalhadoras sobrecarregadas foi de 68%, contra 56% dos funcionários masculinos.  Por fim, elas também se sentiram 12% mais depressivas do que eles.

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“As mulheres sofrem mais, uma vez que estão sobrecarregadas não só com demandas da carreira, mas também da casa e da educação dos filhos. Essa sobrecarga impacta diretamente a saúde mental e sua relação com o trabalho”, explica a COO (Chief Operating Officer) do Zenklub, Cassia Messias. 

Apesar das estatísticas altas, a pesquisa identificou que o acesso a tratamentos de saúde mental ainda é deficitário no país. Quando questionados, quase 65% dos brasileiros confirmaram que não possuem nenhum benefício empresarial relacionado a esse tipo de cuidado. Apesar disso, 86% dos participantes acreditam que terapias online e treinamentos de habilidades emocionais poderiam ter ajudado as equipes a lidarem com os impactos negativos do período. “As empresas precisam praticar a liderança humanizada e fomentar soft skills relacionadas à empatia e gestão de sentimentos entre seus colaboradores”, pontua Cassia. 

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